As 4 Basílicas Papais de Roma: Dicas para Visitas

As Basílicas Papais de Roma são as quatro Basílicas Maiores: São João de Latrão, São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e Santa Maria Maior.

Todas as Basílicas Maiores têm uma porta santa e um altar papal.

A porta santa é aberta com um ritual especial pelo Papa ou por um encarregado seu somente durante o Jubileu e tem uma importante função na concessão da indulgência plenária. Do altar papal somente o Papa e os seus delegados podem celebrar a missa.

Basilica di Santa Maria Maggiore

Como chegar: pegue o metrô A ou B, ou um ônibus que pare em Termini e desça pela Via Cavour até chegar na Piazza dell’Esquilino, onde está a igreja. Mas, atenção, o que você verá serão os fundos da basílica, a entrada fica do lado oposto!

A Basílica de Santa Maria Maior ou de Nossa Senhora das Neves é uma das quatro basílicas papais de Roma. Foi construída entre 432 e 440 a pedido do papa Sisto III, em cima de uma igreja precedente. É a única que conservou a estrutura paleocristã (cristã primitiva), tendo sido enriquecida com vários acréscimos posteriores. Tem um valor artístico inestimável.

Dica: sobre a igreja precedente, diz a crença popular que na noite de 4 de agosto de 352 d.C. um rico patrício romano chamado Giovanni teve um sonho em que a Virgem Maria lhe pedia para construir uma basílica no local onde a manhã seguinte tivesse neve fresca (agosto é verão na Europa). Na manhã seguinte, Giovanni correu contar o seu sonho ao Papa Libério e o pontífice confessou ter tido o mesmo sonho. Após isso, acharam o lugar onde tinha nevado em pleno verão, a Colina Esquilino, e o Papa fez com que o perímetro da nova igreja fosse traçado seguindo a superfície do terreno nevado. A basílica teria sido financiada pelo jovem patrício romano e começou a ser chamada de Basílica de Santa Maria das Neves ou Basílica Liberiana, por causa do Papa Libério. Esta crença não é confirmada em nenhum documento, mas mesmo assim até hoje, todos os dias 5 de agosto, o milagre é relembrado com uma chuva de pétalas de rosas brancas que caem do interno da cúpula durante a celebração litúrgica. Nesta igreja está o túmulo de Gian Lorenzo Bernini, importantíssimo escultor, arquiteto e pintor italiano.

Horário: todos os dias das 7h00 às 18h45.

Entrada gratuita. Veja os horários das missas.

Basilica di San Giovanni in Laterano

Como chegar: pegue o metrô A (direção Anagnina) e desça na estação San Giovanni. Saindo da estação você verá a Porta San Giovanni, passe por ela e logo você verá a Basílica.

A Basilica di San Giovanni in Laterano ou Basílica de São João de Latrão, em português, é a catedral do Bispo de Roma, o Papa. Seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é considerada a “mãe” de todas as igrejas católicas do mundo.

Está acima de todas, inclusive da Basílica de São Pedro. Localiza-se no mesmo local da basílica construída por Constantino no século IV. A basílica original, da qual a igreja atual segue as linhas gerais da planta, tinha cinco naves e por quase mil anos, desde a sua fundação até o Papado de Avinhão, foi a igreja mais importante da Cristandade, centro do poder papal e residência do Papa.

Horário: todos os dias das 7h00 às 18h30. Entrada gratuita. Veja os horários das missas.

O Santuario della Scala Santa

Photo credit: Ppja

Em um edifício vizinho a Basílica de São João se encontra a Scala Santa ou Escada Santa, que significa na tradição católica a escada usada por Jesus para entrar na sala de seu interrogatório com Poncio Pilatos antes da crucificação. Afirma-se que foi trazida a Roma por Santa Helena, mãe de Constantino no ano de 326 d.C.

Obs.: a escada de madeira que se vê é a proteção da Escada Santa que está embaixo; a escada só pode ser subida de joelhos.

Horário:

• Durante a semana: 6h às 13h e das 15h às 18h30 (no verão até as 19h)
• Nos fins de semana ou feriados: das 7h às 12h e das 15h às 18h30 (no verão até as 19h)

Entrada gratuita

Dica: se tiver tempo e vontade para fazer compras, a Via Appia Nuova (de costas para a Basílica à direita, depois da Porta San Giovanni, onde se encontra o metrô) é uma rua com inúmeras lojas.

Basilica di San Pietro

Como chegar: pegue o metrô A (direção Battistini) e desça na estação Ottaviano. Siga a pé pela Via Ottaviano por aproximadamente 800mts.

A Basílica de São Pedro foi construída entre 1506 e 1626 e teve a colaboração de grandes nomes da arte italiana como Bernini, Raffaelo e Michelangelo, para citar os mais famosos, e abriga obras-primas da arte italiana. Encontra-se onde, no ano 80 d.C., o Papa Anacleto mandou construir, em memória do apóstolo Pedro, um oratório onde, no ano 324 d. C., Constantino construiu uma basílica.

Acredita-se que no sob o altar da Basílica (na necrópole vaticana) esteja enterrado São Pedro, um dos 12 apóstolos e o primeiro papa da história da igreja católica, o que fez com que se iniciasse a tradição de que todos os papas fossem enterrados ali.

Curiosidades: apesar de ser a maior igreja católica do mundo e centro do catolicismo, não é a catedral da diocese de Roma; a catedral de Roma que tem o papa como bispo é a Basilica di San Giovanni in Laterano (Basílica de São João de Latrão), como já citei anteriormente.

Os dedos de um dos pés de São Pedro na estátua de bronze estão totalmente consumados por causa dos toques e beijos dados pelos fiéis.

O que ver dentro da Basílica:

• a famosa escultura Pietà de Michelangelo (à direita perto da entrada)
• a estátua de bronze de São Pedro (no centro à direita perto do altar)
• a entrada do túmulo de São Pedro (abaixo do altar papal)
• o baldaquino de Bernini (altar papal)
• o túmulo do Papa João Paulo II (capela San Sebastiano à direita da basílica)
• as Tumbas dos Papas: saia da Basílica e, da escada olhando para a Basílica, você verá à direita uma fila para visitar as Tumbas dos Papas, se não estiver muito grande vá em frente.
• cúpula (obra de Michelangelo): mais à direita ainda você verá a fila para visitar a cúpula mas, é um passeio que não recomendo a pessoas claustrofóbicas. Também é um passeio demorado e cansativo, pois mesmo pegando o elevador você precisa subir 320 degraus a pé (sem levador são 551 degraus).

Horários: Basílica: de 1 de outubro a 31 março (inverno) – das 8h00 às 18h30; 1 abril a 30 setembro (verão) – das 8h00 às 19h00. Cúpula: inverno – das 8h00 às 17h00; verão – das 8h00 às 18h00. Veja os horários das missas (é preciso pedir convite para a Prefeitura do Vaticano).

Dica: como em todas as igrejas, na Basílica de São Pedro existe o dress code, ou seja, você pode ser barrado na entrada se não estiver vestido de acordo com o que eles consideram respeitoso (shorts, minissaias, bermudas, blusas sem mangas e/ou decotadas).

A Praça de São Pedro foi desenhada por Bernini no séc. XVII, no centro existe um obelisco egípcio do séc. I d.C., que foi trazido para Roma no reinado do imperador Calígula.

Curiosidade: entre o obelisco e a fonte da direita, no chão, se encontra marcado o “centro da colunata”, de onde as quatro filas de colunas parecem ser somente uma.

Basilica di San Paolo Fuori Le Mura

Como chegar: pegue o metrô B (direção Laurentina) e desça na estação Basilica di San Paolo. A Basílica de São Paulo Extramuros ou Basílica de São Paulo Fora dos Muros é a segunda maior (em tamanho) basílica católica de Roma. Localiza-se fora dos Muros Aurelianos (por isso o nome “Extramuros”) e foi construída onde a tradição diz que o apóstolo Paulo foi sepultado; o túmulo se encontra debaixo do altar-mor, conhecido como “altar papal”.

A basílica primitiva foi construída por Constantino por causa do grande número de peregrinos que ininterruptamente visitavam o local.

Em 385 foi reconstruída completamente numa dimensão muito mais ampla e permaneceu a mesma, com diversas reformas e acréscimos ao longo dos séculos, até o incêndio de 1823 que a destruiu quase que completamente. Entre 1825 e 1854 a basílica foi reconstruída completamente seguindo as dimensões e a planta da antiga basílica.
Horário: todos os dias das 7h00 às 18h30.

Entrada gratuita.

Veja os horários das missas.